Epilepsia: o que é, e qual é o papel que desempenha no deterioro cognitivo

Dia Mundial da Epilepsia

A epilepsia causa deterioro cognitivo? Por ocasião do Dia Mundial da Epilepsia, nós, da NeuronUP, aproveitamos para explicar as consequências cognitivas da epilepsia e para falar sobre o papel do neuropsicólogo na reabilitação do deterioro cognitivo em pessoas com epilepsia.

O que é epilepsia?

É uma doença crônica do sistema nervoso central, desencadeada por uma atividade elétrica excessiva dos neurônios em uma área específica do cérebro. Manifesta-se em episódios de crises recorrentes, as quais podem ser convulsivas ou não.

Como a Epilepsia afeta as funções cognitivas?

As funções cognitivas são os processos mentais que nos permitem realizar qualquer tarefa da vida cotidiana. Por tanto, permitem que possamos nos desenvolver e interagir com o mundo que nos rodeia. As funções cognitivas incluem orientação, gnosias, atenção, funções executivas, praxias, linguagem, memória, cognição social e habilidades visuoespaciais.

A maioria das pessoas que padecem dessa doença e recebem um tratamento adequado, controlam perfeitamente a doença e podem ter uma vida normal. No entanto, às vezes, quando os ataques epiléticos se originam em certas áreas do cérebro, como o lobo temporal, tais crises podem acarretar problemas de memória, problemas de atenção e concentração, e lentidão no processamento de informações. Nesse caso, os déficits de atenção ocorrem frequentemente em crianças.

Por que esse deterioro cognitivo ocorre?

As repercussões nas funções cognitivas ou o deterioro cognitivo podem ser devido a dois fatores:

A própria doença

• Idade de início da epilepsia.
• Tipos de crises.
• Frequência das crises.
• Duração das crises.

Ao tratamento

• Tipo de droga.
• Efeitos das drogas.

Qual é o papel da neuropsicologia?

A intervenção neuropsicológica é essencial para descrever o estado ou o deterioro cognitivo das pessoas com epilepsia. Os neuropsicólogos avaliam as alterações funcionais causadas pela doença, e determinam se é necessário fazer uma mudança em relação aos medicamentos usados ou se é melhor uma opção cirúrgica.

Ao mesmo tempo, o neuropsicólogo desempenha um papel fundamental na reabilitação das funções cognitivas afetadas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.