O NeuronUP apresenta exercícios de estimulação cognitiva para trabalhar nos principais processos cognitivos que afetam as pessoas com Parkinson: atenção, habilidades visoespaciais, velocidade do processamento de informações e, principalmente, funcionamento executivo.
Exercícios de estimulação cognitiva para pessoas com Parkinson
1. Ordenar uma atividade passo a passo (imagens)
Por exemplo, nas imagens acima, a ideia é enumerar todos os passos necessários para pôr a mesa, seguindo a ordem natural do dia-a-dia. Existem muitas versões dessa atividade, uma delas é substituir as imagens por uma lista de coisas.
2. Tecendo o cachecol
3. Relacionar conceitos
Este é outro exercício clássico da estimulação cognitiva, “relacionar conceitos” é muito adequado para trabalhar com pessoas com Parkinson. Aqui, trabalhamos linguajem, raciocínio e memória semântica. No exemplo apresentado, nossos usuários têm que encontrar os pares de palavras que se relacionam entre si. Outra alternativa é relacionar imagens.
4. Entrelaçados
Essa atividade é mais adequada para pessoas que estão na fase inicial ou pouco avançada do mal de Parkinson, porém é muito eficaz para estimular as habilidades de visão espacial. Consiste em formar uma figura geométrica movendo seus vértices de maneira que nenhum dos lados se cruzem.
5. Sopa de letras
Procurar palavras escondidas em um grupo de letras é outro exercício clássico de estimulação e de atividade intelectual, que sempre funcionou muito bem. É excelente para trabalhar a atenção de pessoas com Parkinson. Este exercício pode apresentar muitas variações, como por exemplo: procurar determinadas frutas em um conjunto, procurar palavras da mesma cor, procurar símbolos específicos, etc.
A NeuronUP oferece a opção de personalizar as palavras que você desejar para adaptá-las a cada paciente, escolhendo o tamanho e o próprio assunto do texto. Por exemplo, o profissional pode introduzir os nomes dos jogadores favoritos do usuário ou os nomes dos seus familiares, tornando o jogo mais interessante para potencializar a motivação do usuário na hora de encontrar as palavras escondidas.
6. Pares por categorias
Aqui, a ideia principal é formar pares de palavras da mesma categoria. Por exemplo, um par de palavras que se refira a roupas, família, etc. Neste exercício trabalha-se principalmente o raciocínio.
7. Encontre o monumento
Esta é uma atividade que provavelmente todos faremos, visto que é muito interessante e motivadora. Consiste em seguir as indicações o mais rápido possível até encontrar o monumento em um tempo determinado. Esse exercício estimula particularmente a velocidade de processamento.
Há muitas alternativas, uma delas pode ser estipular um limite de tempo para realizar uma atividade estimulante e com uma finalidade claramente quantificável; sendo assim, temos um exercício para estimular a velocidade de processamento cognitivo.
8. Movimento de cubos
Esta atividade consiste em calcular como ficaria uma série de cubos depois de mover alguns deles do seu lugar de origem. Este exercício está pensado para trabalhar com pessoas que estão na fase leve ou moderada da doença. Aqui, trabalhamos especialmente a visão espacial e o planejamento.
9. Como chegar, caminhos simples.
Com esse tipo de exercício podemos trabalhar o funcionamento da visão espacial. Devemos comprovar que as pessoas que temos no grupo estão bem familiarizadas com a cidade na qual vivem, a partir daí, escolhemos dois pontos conhecidos, os quais a pessoa deve percorrer mentalmente como se estivesse andando.
O lugar de origem pode ser, por exemplo, a casa do usuário, e o lugar de destino, o cinema. Por quais ruas ele tem que passar? Inclusive se o nível de deterioro motor dos participantes não está muito avançado, podemos pedir para que eles desenhem uma espécie de mapa.
10. Palavras repetidas
Este exercício proposto pela NeuronUP consiste em mostrar as palavras que aparecem repetidas. Por exemplo, nessa ficha da NeuronUP podemos observar que a palavra “lavadoura” está repetida; além dessa palavra, há mais alguma repetida? Quantas vezes elas se repetem? Sempre insistimos na necessidade de que os exercícios sejam interessantes e motivadores.
Referências:
- Aarsland, D., Bronnick, K., Williams-Gray, C., Weintraub, D., Marder, K., Kulisevsky, J., … Emre, M. (2010). Mild cognitive impairment in Parkinson disease: A multicenter pooled analysis. Neurology., 75(12), 1062–9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20855849
- Reid, W., Hely, M., Morris, J., Loy, C., & Halliday, G. (2011). Dementia in Parkinson’s disease: A 20-year neuropsychological study (Sydney Multicentre study). Journal of neurology, neurosurgery, and psychiatry., 82(9), 1033–7. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21335570
- Riedel, O., Rehberg, S. P., Heber, I., Kronenbuerger, M., Schulz, J. B., Storch, A., … Research, P. (2016). Subtypes of mild cognitive impairment in patients with Parkinson’s disease: Evidence from the LANDSCAPE study. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. doi:10.1136/jnnp-2016-313838